‘disse o Senhor a Moisés: ESCREVE isto para memorial num livro e relata-o aos ouvidos de Josué…’ ( Êx 17.14 ) Por existir a escrita temos, até hoje, o registro de revelação de Deus através dos tempos
Antes a escrita, a história era registrada por desenhos feitos nas cavernas ou em pedras, como no Egito . A transmissão oral garantia que fatos e feitos importantes , exaustivamente narrados, fossem decorados pelos ouvintes. A velocidade de informação que temos hoje só foi possível graças ao desenvolvimento da ESCRITA.
A ESCRITA inicia-se na Mesopotâmia por volta de 3,200 a.C., ao se tornar indispensável a anotação de propriedades, dívidas e impostos. Feitas sob a ponta de um bastão em placas de barro, as primeiras escritas consistiam em ideogramas, onde cada objeto correspondia a um símbolo ou representação gráfica Logo havia um grande número de símbolos, tornando o sistema pouco prático. Progressivamente, os ideogramas passaram a ser impressos no barro com um pedaço de junco, cuja extremidade tinha forma triangular. Seus traços em forma de cunha, deram à escrita o nome de CUNEIFORME ( do latim cuneus, cunha).
Apesar de criados depois, os HIERÓGLIFOS EGÍPCIOS eram ideogramas, utilizados quase que somente para registrar acontecimentos importantes. Escrito na superfície de pedras, os hieróglifos conservaram-se nítidos através do tempo.
Obs: com o tempo em vez de representar formas de objetos e animais foi evoluindo para a representação de sons reproduzindo a fala _Tal desenvolvimento conduziu à adoção da fonética, com sinais representativos do próprio som da palavra, conclusão lógica do processo de criação de um sistema de escrita.
Por volta de 3000 a.C., os egípcios inventam o papiro e a forma dos hieróglifos teve que ser mudada para um sistema de escrita mais rápido. Cada símbolo fica reduzido a poucos traços, nascendo a escrita hierática, base do sistema de escrita ocidental. Os símbolos cuneiformes não eram ideais à escrita com pincel ou pena.
Em cerca de 1000 a.C. os fenícios, tomando elementos da escrita egípcia e mesopotâmica, criam sua própria escrita, que não possuía vogais, somente consoantes, cada qual com seu símbolo. Apesar das palavras só serem entendidas no contexto da frase, o sistema fenício apresentava a vantagem de poder ser escrito com rapidez.
Por volta de 600 a.C. os gregos absorvem a escrita fenícia, corrigindo sua maior falha, a falta de vogais, adicionadas por meio de sinais. Com isso, os gregos criavam aquilo que se tornaria o alfabeto utilizado atualmente na cultura ocidental.
A escrita árabe, outro sistema bastante usado hoje, desenvolveu-se do fenício e guarda muito de suas características. Originalmente, não possuía vogais, mas hoje já apresenta alguns casos eventuais de vogal.
Por seu turno, o sistema chinês de escrita experimentou um desenvolvimento parecido com o dos hieróglifos egípcios. Os símbolos desenhados com pincel e tinta são ideogramas simplificados de formas pictóricas mais antigas. A invenção do papel, por volta de 100 d.C. provocou algumas mudanças, mas devido aos vários dialetos, os símbolos gráficos chineses não se tornaram fonéticos.
Bibliografia:Pequena História das Invenções. São Paulo: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1976.Arquivado em: Comunicação EXTR http://www.infoescola.com/comunicacao/escrita/