oc 12 Bíblia em português

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*Traduções da Bíblia para o português _
*O pioneiro na tradução da Bíblia para o português foi D. Diniz (1279 – 1325). Conhecedor de latim clássico e leitor da Vulgata Latina, traduziu até o capítulo 20 do livro de Gênesis, abrindo caminho para seu sucessor, D. João I (1385 – 1433). Este atribuiu a tradução a padres letrados e o trabalho prosseguiu com seu sucessor, D. João II.

* João Ferreira de Almeida_ Nasceu em 1628, próximo a Lisboa. Convertido ao protestantismo, iniciou a tradução da Bíblia aos dezessete anos, mas perdeu seu primeiro manuscrito e reiniciou seu trabalho em 1648.
*Conhecia hebraico e grego, e utilizou-se de vários manuscritos dessas línguas para compor sua tradução.
*Em 1676, foi concluída a tradução do Novo Testamento, que só viria a ser publicada em 1681, na Holanda, por problemas de revisão. Quando de sua morte, em 1641, já havia traduzido o Antigo Testamento até o livro do profeta Ezequiel. Seu trabalho foi continuado pelo pastor Jacobus op den Akker, de Batávia, em 1748.
*Cinco anos depois, em 1753, foi impressa a primeira Bíblia em português.
António Pereira de Figueiredo_ Nascido em Portugal em 1725, iniciou a tradução da Bíblia que foi editada em 1819. Baseou sua tradução na Vulgata de Jerônimo, por não dominar outros idiomas, e incluiu nesse trabalho os apócrifos. Essa Bíblia foi muito utilizada em países de língua portuguesa.
Matos Soares_ Publicou uma tradução em 1930, baseada na Vulgata Latina, incluiu os apócrifos, e também comentários a favor dos dogmas da Igreja Católica.
* Por isso, recebeu o apoio papal sendo a sua tradução a mais popular da Igreja Católica.

>EDIÇÃO AVE MARIA _   tradução dos originais mediante versão do Monges de Maredsous (Bélgica) feita pelo   CENTRO BÍBLICO CATÓLICO, revista por frei João José Pereira de Castro, O.F.M. + equipe da Editora

Língua e manuscritos do Novo Testamento_ Os escritos do Novo Testamento se utilizaram do grego coiné (comercial), amplamente conhecido e utilizado no século I, como conseqüência do império de Alexandre, o Grande. Esse idioma possuía muitos recursos lingüísticos e precisão técnica, não encontrados no hebraico, o que permitiu uma maior e mais rápida propagação dos textos entre os povos (assim como o inglês moderno, nos tempos atuais).
& O grego chegou a ser considerado pela Igreja Católica como a língua do Espírito Santo.

& a SEPTUAGINTA é a tradução do VELHo TESTAMENTO do hebraico para o grego
Jesus e  escritores do Novo Testamento citavam  textos da Septuaginta
“A tradução foi realizada indubitavelmente durante o 3º e 2º séculos A.C., e é pretendido ter sido acabada já no tempo de Ptolemy II Philadelphus, Ptolomeu Filadelfo II ( 285-247 a.C.)
QUAL O MOTIVO ?
i) muitos judeus não voltaram à Judéia após o cativeiro, mas se espalharam   pelo mundo   abrindo SINAGOGAS por toda a parte onde houvesse um certo número de judeus.
ii) havia muitos prosélitos de todos os povos : gentios que se convertiam ao judaísmo .
Não sabiam ler hebraico ( como nós, brasileiros…) língua original das Escrituras.
O grego era a língua oficial e cultural da época, entendida por todos os povos sob o império grego.
iii)   a solução foi juntar eruditos em ambas as línguas a fim de se fazer uma tradução das Escrituras oficial, legal, aceita por todos _ e que pudesse ser lida por qualquer   pessoa, de qualquer povo.
Ex:   a NVI, uma das versões mais recentes e bem conceituadas da Bíblia  por causa do português atualizado, mas convém ler a corrigida e Atualizada para comparar :é mais impactante

Principais manuscritos_ O Novo Testamento tem como característica principal uma imensa quantidade de escritos e evidências externas. Alguns manuscritos, entretanto, merecem destaque. São eles:

Os papiros – produzidos quando o movimento iniciado pelos discípulos de Jesus ainda era ilegal. Datam dos séculos II e III d.C. e constituem valioso testemunho da veracidade do Novo Testamento, pois surgiram a apenas uma geração dos autógrafos originais. Seus representantes mais importantes são:

  • p52 ou fragmento de John Rylands (117 – 118 d.C.) – encontrado no Egito, contendo parte do Evangelho de João;
  • p45, p46 e p47 ou Papiros Chester Beaty (250 d.C.) – contendo quase todo o Novo Testamento (o p45 contém os Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos; o p46, a maior parte das cartas de Paulo; e o p47, parte do Apocalipse);
  • p66, p72 e p75 ou Papiros de Bodmer (175 – 225 d.C.) – igualmente importantes, incluindo-se entre eles Unciais cuidadosamente impressos e com muita clareza (o p66 contém parte do Evangelho de João e data do ano 200; o fragmento p72 contém cópias de Judas e de I e II Pedro; e o p75 contém a mais antiga cópia do Evangelho de Lucas (175 a.C.).

Os Unciais – manuscritos em caracteres maiúsculos, escritos em velino e pergaminho. Constituem os escritos mais importantes do Novo Testamento, dos séculos III a V. Existem cerca de 297 Unciais, entre eles:

  • Códice Vaticano – é o mais antigo dos Unciais (325 – 350 d.C.) e foi desconhecido dos estudiosos bíblicos até 1475, quando foi catalogado na biblioteca do Vaticano; contém a maior parte do Antigo Testamento (versão dos LXX) com os apócrifos e o Novo Testamento em grego;
  • Códice Sinaítico (Álefe) – data do século IV e possui poucas omissões;
  • Códice Efraimita – originou-se em Alexandria, no Egito, em cerca de 345 d.C.;
  • Códice Alexandrino – data do século V;
  • Códice Beza ou Cambridge – cerca de 500 d.C.; é o manuscrito bilíngüe mais antigo do Novo Testamento. Foi escrito em grego e latim;
  • Os Minúsculos – documentos escritos em caracteres minúsculos que datam dos séculos IX ao XV, somando mais de 4000 documentos, entre manuscritos e lecionários (livros muito utilizados nos cultos da Igreja, que continham textos selecionados da Bíblia para leitura, incluindo o Novo Testamento).

A Septuaginta _ Os líderes do judaísmo em Alexandria foram responsáveis por uma tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego, que integraria a Biblioteca de Alexandria, e foi chamada de Septuaginta (LXX), que significa setenta. Esta tradução já estava concluída em 150 a.C. e foi feita por eruditos judeus e gregos, provavelmente para o uso dos judeus alexandrinos. Assim que a igreja primitiva passou a utilizar a Septuaginta como Antigo Testamento, a comunidade judaica perdeu o interesse em sua preservação. Esta versão teve um papel muito importante para o estudo e divulgação do Antigo Testamento em outras línguas, já que os textos hebraicos apresentam grande dificuldade de compreensão.

Outras versões surgiram após a Septuaginta, devido à oposição do cânon judaico a esta tradução. São elas:

  • A versão de Áquila (130 a 150 d.C.) – manteve o padrão de pensamento e as estruturas de linguagem hebraicas, tornando-se uma das versões mais utilizadas pelos judeus;
  • A revisão de Teodócio (150 a 185 d.C.) – revisão de uma versão anterior – a LXX ou a de Áquila
  • A revisão de Símaco (185 a 200 d.C.) – preocupou-se com o sentido da tradução, e não com a exatidão textual. Exerceu grande influência sobre a Bíblia latina, pois Jerônimo fez grande uso desse autor para compor a Vulgata Latina;
  • Os Héxapla de Orígenes (240 a 250 d.C.) – promoveu-se uma visão comparativa dos textos hebraicos com a tradução dos LXX, de Áquila, de Teodócio e de Símaco, procurando harmonizar os textos em busca de uma tradução fiel do hebraico;
  • Uma edição do texto hebraico, por volta de 100 d.C., veio a estabelecer o texto massorético.

Os Textos Massoréticos _ Alguns sábios judeus, chamados massoretas, iniciaram, entre os séculos VI a X d.C., um trabalho de padronização dos textos hebraicos do Antigo Testamento. Estes textos, como se sabe, foram escritos praticamente sem vogais. No trabalho de padronização, foram inseridas as vogais nos textos originais, o que contribuiu para o desaparecimento dos mesmos

A Vulgata Latina _   Sendo o grego, considerado pela Igreja como a língua do Espírito Santo, o latim assumiu o papel de língua popular imposta pelos soldados nas conquistas romanas, motivo pelo qual a Bíblia latina recebeu o nome de Vulgata,da qual foram traduzidos os textos mais tradicionais.

De uns anos para cá, devido melhor conhecimento da língua hebraica antiga, e com a necessidade de atualizar o português para melhor compreensão do povo em geral, começaram a surgir novas traduções e   versões
A comparação entre versões dá visão mais abrangente do sentido da mensagem MAS
as versões tradicionais como CORRIGIDA ( corr)  e REVISTA E ATUALIZADA (RA)
são as traduções mais literais, com texto mais forte e impactante :
comparem e verifiquem por si mesmos