Mãe: apenas mulher

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIA DAS MÃES 

Mãe é apenas uma mulher que deu à luz filhos e por isso, quanta coisa  por causa disso… 

Li que o Dia das Mães surgiu nos Estados Unidos: uma filha saudosa de sua mãe, falecida, em certa data especial para elas, começou a homenagear todas as mães do lugar onde ela trabalhava (?)dando-lhes uma camélia, flor preferida da mãe dela.

No Brasil, a comemoração do Dia das Mães teve início nos anos 1.948/49.  Lembro da primeira homenagem feita na escola: todos no auditório, apresentação de uma peça mais alguns versos e cânticos. Todas as mães receberam uma camélia para colocar na lapela, ou no vestido(usava-se flor como broche) Depois, foi a vez de lojas e prestadoras de serviço, e mais tarde, as empresas…homenageavam as mães com uma flor, um mimo… até que  o comércio descobriu nessa data um filão de ouro, e o processo foi invertido: em vez de gastar dinheiro, que os filhos homenageassem suas PRÓPRIAS mães,  COMPRANDO presentes para elas.      
ANTIGAMENTE, todos os dias era dia de respeitar e honrar pai e mãe, obedecidos com um simples olhar, pedindo a bênção antes de dormir(pelo menos)cumprimentando os avós e beijando a mão quando vinham em visita. Era um tempo de respeito aos mais velhos, de respeito à instituição da família.
Muitas vezes, as homenagens trazem velada intenção de colocar a mãe num pedestal, para que ela assuma as atitudes ideais. Mas fiquei pensado…Mãe é apenas uma pessoa, uma mulher que deu à luz filhos…! # Não se costuma considerar mãe como mulher, ela é a MÃE.A melhor forma de se homenagear alguém é reconhecer e agradar a pessoa que ela é: a pessoa por trás do papel que assumiu, e desempenha do jeito dela. Não pelo fato de estar enquadrada num certo protótipo de comportamento imposto por certo grupo, ou pela sociedade em geral. Lembrei da frase de um famoso poeta: “Ser mãe é sofrer num paraíso” O que? Ser mãe é ser masoquista, pessoa que tem prazer no sofrimento? É ser uma aberração psicológica? às favas com essa idéia! Além do mais, não foi escrita por uma mulher: era a expressão de um mundo machista, impondo um padrão aceitável de mãe: sofra tudo pelos filhos, e nem ouse reclamar. Tudo bem se foi uma escolha pessoal, expressão do amor mais desinteressado que existe, depois do amor de Deus. Mas, o  reconhecimento precisa vir de cada filho para sua mãe, não imposto pelo grupo.  Alguém dizia: -“Por favor, não precisa levar flores ao meu túmulo: dêem- me flores enquanto estou viva
Em outra situação, um filho fala à mãe, que lhe perguntava se tudo o que fizera por ele não fôra demonstração de amor, ao que o filho disse:- “Mas a senhora se realizou fazendo o que fez.” ( # ) Aqui, amigas, uma grande lição: se fizer algo pelos seus esperando gratidão, reconhecimento,  ou seja lá o que for, NÃO FAÇA! Em qualquer situação, a  motivação do nosso agir  deve ser agradar a Deus, e estar bem com nossa consciência. Tudo o que vier, além disso, é lucro. E se não vier nada, pelo menos não haverá frustração, o que já será um grande alívio.
Às vezes, ALGUNS ficam chocados ao se falar sobre a realidade dos fatos.Para amenizar, “doura-se a pílula” com certa dose de idealismo, constrangendo as mães a aceitar tudo, calada: nem ouse lembrar os seus de que  é uma pessoa, uma mulher!  Algumas ocasiões, em minha vida, tenho dado voz ao que muitos não ousaram  expressar. Para muitas, é alívio ver que alguém fala a verdade, mesmo que fique na dela. Outras, dão sorriso amarelo e dizem: – “ Imagiiineee! Não é bem assim…”  Como cristãs, vivemos para Deus. O padrão de nosso comportamento está na Palavra: “tudo quanto  fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” Cl 3.23   -x-